MPS.BR
é metodologia similar ao CMMI, porém é a tradução para a realidade brasileira,
onde algumas práticas do CMMI podem não se encaixar adequadamente.
O
MPS-BR (Melhoria do Processo de Software Brasileiro) é uma metodologia voltada
à área de desenvolvimento de sistemas e que foi criada por um conjunto de organizações
ligadas ao desenvolvimento de software. Dentre as instituições envolvidas
pode-se citar: a Softex (SP), a RioSoft (RJ), o COPPE/UFRJ (RJ) e o CESAR (PE).
Na verdade, estas são organizações normalmente não-governamentais e muitas
vezes de origem acadêmica, possuindo uma atuação de destaque junto à comunidade
de software brasileira.
Enfatiza-se, dentro do MPS-BR, o
uso das principais abordagens internacionais voltadas para a definição, a
avaliação e a melhoria dos processos de software. Tal fato torna o MPS-BR
compatível inclusive com as práticas do CMMI. Há ainda no MPS-BR uma estrutura
de níveis de maturidade, de forma similar àquela existente dentro do CMMI.
A
base técnica para a construção e aprimoramento deste modelo de melhoria e
avaliação de processo de software é composta pelas normas NBR ISO/IEC 12207 –
Processo de Ciclo de Vida de Software, pelas emendas 1 e 2 da norma
internacional ISO/IEC 12207 e pela ISO/IEC 15504 – Avaliação de Processo,
portanto, o modelo está em conformidade com essas normas. O programa
mobilizador MPS.BR está dividido em três (3) componentes:
Modelo de Referência (MR-MPS);
Método de Avaliação (MA-MPS);
Modelo de Negócio (MN-MPS).
Os
diferentes níveis de maturidade do MPS-BR constituem um meio para indicar qual
o nível da empresa que se está considerando. Cada classificação possível
atesta, assim, diferentes graus no controle de processos e qual a qualidade que
se pode esperar da organização que a detém.
A
seguir estão listados os 7 níveis de maturidade previstos pelo MPS-BR:
A – Em Otimização: há a
preocupação com questões como inovação e análise de causas.
B – Gerenciado Quantitativamente:
avalia-se o desempenho dos processos, além da gerência quantitativa dos mesmos.
C – Definido: aqui ocorre o
gerenciamento de riscos.
D – Largamente Definido: envolve
verificação, validação, além da liberação, instalação e integração de produtos,
dentre outras atividades.
E – Parcialmente Definido:
considera processos como treinamento, adaptação de processos para gerência de
projetos, além da preocupação com a melhoria e o controle do processo
organizacional.
F – Gerenciado: introduz
controles de medição, gerência de configuração, conceitos sobre aquisição e
garantia da qualidade.
G – Parcialmente Gerenciado:
neste ponto inicial deve-se iniciar o gerenciamento de requisitos e de
projetos.
A
certificação MPS-BR também tem sido solicitada em licitações governamentais.
Logo, empresas interessadas em participar de projetos conduzidos por órgãos do
governo podem se utilizar desta metodologia para ampliar seu ramo de atuação.
Pode-se
considerar ainda o MPS-BR como uma importante alternativo ao CMMI em
organizações de médio e pequeno porte. Isto se justifica em virtude do alto
investimento financeiro que o CMMI representa, o que torna o mesmo mais
indicado às grandes empresas de desenvolvimento.
Outras
informações sobre o MPS-BR encontram-se no link: http://www.softex.br/mpsbr/.
Esta
publicação teve como objeto, oferecer uma visão geral a respeito do modelo
MPS-BR, discutindo as características e de que forma pode ser adotado na
otimização de processos de desenvolvimento de software.
Fonte(s):
http://www.devmedia.com.br/maturidade-no-desenvolvimento-de-software-cmmi-e-mps-br/27010
https://www.oficinadanet.com.br/artigo/desenvolvimento/melhoria-de-processos-do-software-brasileiro--mpsbr